De acordo com o texto Narrativas autobiográficas de professores:
um caminho para a compreensão do processo de formação. Esmeria de Lourdes
Savele aborda que o processo de
constituição do sujeito-professor está intimamente relacionado com as formas
pelas quais os indivíduos assumem e reagem frente às funções inerentes ao papel
social de ser professor. De acordo com a direção com que o professor-sujeito
toma ele se encontra na sua profissão é construída em uma relação com o outro
em que o sujeito professor apropria nega, supera conhecimentos e experiências
enfrentadas no espaço cotidiano do seu trabalho.
Para a construção de um memorial os professores se apóiam em
dois eixos: o primeiro é um biográfico dimensionado na subjetividade ( identidade
para si). Em que o sujeito é marcado por crises, mudanças, rupturas e
confirmações. O Segundo eixo é dimensionado na objetividade ( identidade para o
outro), no qual está intimamente ligado as relações sociais que ocorre no
espaço profissional.
Diante disso ao escrever um memorial os professores fazem
recortes das lembranças, para expressar uma imagem de si. Os mesmos não fazem
uma escrita espontânea, buscando trazer elementos para que o outro veja, ou seja, para aquele que vai avaliar a
sua escrita.
Devido as exigências ao escrever o memorial o narrador nega as
suas trajetória de vida como as experiências seus medos, angustias, das
dificuldades e desejos deixando de escrever pensando na avaliação do outro. E
essas exigências só tem sentido se a avaliação não estiver envolvida. Onde ele
possa fazer um exercício reflexivo demonstrando um olhar sobre si mesmo.
Diante disso, devemos sempre escrever com espontaneidade pois,
as narrativas da nossa história pode auxiliar muitas pessoas,e a história
também é algo muito importante para nossas vidas, pois através dela entendemos
o meio em que o sujeito se encontra. E essas histórias por mais que sejam
individuas elas trazem um atitude coletiva, em que o outro sempre contribui nas
experiências.